𝐎 𝐃𝐢𝐥𝐞𝐦𝐚 𝐝𝐨 𝐁𝐮𝐫𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐁𝐮𝐫𝐢𝐝𝐚𝐧
Esperamos por grandes momentos... e deixamos passar a vida.

Há uma parábola antiga que continua a ecoar nos nossos dias com uma força impressionante: o dilema do burro de Buridan. Conta-se que um burro, colocado entre dois montes de feno absolutamente iguais, acaba por morrer à fome, incapaz de decidir-se por um deles. A indecisão, a espera pelo “melhor” momento, o receio de escolher mal... paralisam-no. A parábola mostra um animal indeciso e um símbolo de como a racionalidade excessiva pode nos levar à inação total.

𝐐𝐮𝐚𝐧𝐭𝐚𝐬 𝐯𝐞𝐳𝐞𝐬 não se 𝐞𝐧𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐮 n𝐮𝐦𝐚 𝐬𝐢𝐭𝐮𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐬𝐞𝐦𝐞𝐥𝐡𝐚𝐧𝐭𝐞?

Quantas vezes esperamos pela “grande oportunidade”, pelo “momento certo”, pelo “dia ideal”? Adiamos decisões, projetos, encontros, palavras e até abraços — como se a vida estivesse à espera da nossa coragem ou da nossa agenda perfeita mas a vida não espera.

A moral é clara e forte: a vida não espera que tomemos a decisão perfeita. Às vezes, qualquer decisão é melhor do que nenhuma.

Na busca por grandes momentos, deixamos escapar os pequenos.
E são esses pequenos instantes — o café demorado com um amigo, o pôr-do-sol visto da varanda, o sorriso inesperado de um filho, a pausa consciente para respirar fundo — que, quando somados, fazem uma vida plena.

Não precisas de grandes decisões para viver intensamente.
Basta estares presente.
Escolher viver, mesmo quando tudo parece igual.
A vida não é uma montra de acontecimentos extraordinários. É um livro feito de páginas simples e momentos breves. E é aí que mora a felicidade.

Hoje, não esperes. Vive. Escolhe. Aproveita.
Porque o tempo passa… e ninguém quer morrer de indecisão.